Polícia Civil indicia dupla por morte de comerciante durante assalto em Uberlândia
06/10/2025
(Foto: Reprodução) Comerciante morre após assalto no Bairro Santa Mônica
A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava a morte do comerciante Renato Eugênio Barbosa, de 42 anos, durante um assalto ocorrido no dia 10 de setembro, no Bairro Santa Mônica, em Uberlândia.
De acordo com a corporação, Cleberson Elias Ferreira e Diego Carvalho José Neto foram indiciados pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte). As câmeras de segurança do local registraram o momento em que a dupla fugiu do estabelecimento. Assista acima.
Os dois indiciados estão presos desde o dia 11 de setembro no Presídio Professor Jacy de Assis, conforme informou também a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
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Eles são representados por defensores públicos. O g1 procurou a Defensoria Pública de Minas Gerais, mas não houve retorno até a última atualização da reportagem.
🔍O latrocínio é um crime previsto no Artigo 157, §3º, do Código Penal Brasileiro, caracterizado pela subtração de um bem mediante violência ou grave ameaça, com a ocorrência da morte da vítima, mesmo que não seja a intenção principal do agente.
Suspeito sabia que vítima usava corrente de ouro
Durante as investigações, a Polícia Civil apurou que Diego costumava praticar roubos de objetos de ouro, como correntes, alianças e anéis, e sabia que o comerciante usava joias desse tipo. Segundo a polícia, ele e Cleberson planejaram ir até a ferragista da vítima com o objetivo de roubar a corrente de ouro.
A investigação apontou que Renato não reagiu à abordagem. Ele teria se assustado e dado um passo para trás, momento em que foi baleado e morto.
Apesar da conclusão do inquérito, a Polícia Civil informou que as investigações continuarão para verificar se outras pessoas participaram do crime.
Latrocínio no Bairro Santa Mônica ocorreu em plena luz do dia
O crime foi registrado na tarde de 10 de setembro, quando os criminosos entraram na loja de ferragens e anunciaram o assalto. De acordo com a Polícia Militar, Renato foi atingido por dois disparos no peito.
O empresário chegou a ser socorrido e levado ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo a PM, os assaltantes exigiram que Renato entregasse a corrente de ouro. Uma testemunha contou que, no primeiro momento, o empresário pensou que fosse uma brincadeira e, ao perceber a situação, se assustou, levantou as mãos e se afastou. Nesse instante, foi atingido pelos disparos.
A mesma testemunha relatou que o criminoso ainda deu a volta no balcão e, com a vítima caída, arrancou a corrente de Renato e atirou novamente.
Logo após o crime, um dos suspeitos foi preso com um revólver calibre 32, que pode ter sido usado no assalto. O outro envolvido foi localizado no dia seguinte, no Bairro Martins, e confessou o crime.
A correntinha da vítima foi recuperada.
Repercussão do crime na cidade
O crime causou grande comoção em Uberlândia. À TV Integração, a esposa de Renato contou que não estava em Uberlândia no momento do crime. Ela, que não será identificada por questões de segurança, disse ter sido informada por um funcionário sobre o assalto na ferragista de propriedade dela e do marido. Antes mesmo de voltar para a cidade, recebeu a confirmação da morte de Renato.
“Esse ser maravilhoso, que me cativou, que despertou um amor imenso dentro de mim e que hoje não está presente fisicamente, mas comigo no coração, na minha mente... vamos estar juntos eternamente, porque nosso amor foi infinito, foi maravilhoso” relatou, emocionada.
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Renato e a esposa estavam juntos há 13 anos, mas se conheciam havia mais tempo. Eles se encontraram pela primeira vez quando ele foi contratado como funcionário de uma das empresas dela. Como profissional, Renato é lembrado pela alegria e dedicação.
“O nosso sentimento, meu, da família, dos funcionários, é de estar sem chão, de não acreditar no que está acontecendo. Eu conheço o Renato há 26 anos. Ele começou a trabalhar comigo quando tinha de 16 para 17 anos. Eu tinha outra empresa, ele trabalhou comigo. Ele sempre foi um excelente profissional, muito dedicado, atencioso, prestativo, carinhoso. Sempre trabalhou sorrindo, cantando, assobiando”, relatou.
A ferragista onde o crime aconteceu foi um projeto do casal e já funcionava havia 10 anos. Localizada na Avenida Segismundo Pereira, no Bairro Santa Mônica, a loja é bastante movimentada. O assassinato em plena luz do dia assustou moradores e deixou a família em choque. A esposa de Renato fez um apelo por mais segurança.
“Eu gostaria de pedir às autoridades: olhem pela nossa cidade, olhem pelo nosso bairro, porque isso não pode acontecer! Para que as famílias não sintam o que eu, os pais dele, a irmã dele e os amigos estão sentindo. Ele perdeu a vida trabalhando!”
Vítima foi morta em sua loja de ferragens
Valéria Almeida/Divulgação
A ferragista estava fechada no dia seguinte ao crime
TV Integração/reprodução
Renato Eugênio foi roubado e morto na loja em que trabalhava
Reprodução/Redes Sociais
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